9 de Abril de 1939<br> – Marian Anderson<br>no Lincoln Memorial

Ma­rion An­derson, con­tralto ame­ri­cana e uma das can­toras mais fa­mosas do sé­culo XX, ga­nhou no­to­ri­e­dade na luta contra o ra­cismo nos Es­tados Unidos quando, em 1939, a or­ga­ni­zação Fi­lhas da Re­vo­lução Ame­ri­cana (DAR, na sigla in­glesa) a im­pediu de cantar no Cons­ti­tu­tion Hall, a maior sala de con­certos de Washington DC. O re­co­nhe­cido mé­rito de An­derson como ar­tista fez com que o caso ti­vesse uma re­per­cussão in­ter­na­ci­onal in­vulgar para o mundo da mú­sica clás­sica. A can­tora não se deixou in­ti­midar pela DAR: com o apoio de Ele­anor Ro­o­se­velt e do ma­rido, o pre­si­dente Fran­klin D. Ro­o­se­velt, or­ga­nizou um con­certo ao ar livre nos de­graus do Lin­coln Me­mo­rial, na ca­pital norte-ame­ri­cana, onde no do­mingo de Páscoa, 9 de Abril, cantou pe­rante mais de 75 000 pes­soas e foi acom­pa­nhada, via rádio, por mi­lhões de ou­vintes. An­derson foi a pri­meira pessoa negra a ac­tuar na Me­tro­po­litan Opera de Nova Iorque, em 1955; par­ti­cipou no mo­vi­mento dos di­reitos civis na dé­cada de 1960, can­tando na Marcha sobre Washington, em 1963; e foi de­le­gada da Co­missão de Di­reitos Hu­manos da ONU e «em­bai­xa­dora de boa von­tade», dando con­certos em todo o mundo.